
O
número de mortes causadas pela passagem do ciclone Idai no centro de Moçambique
subiu para 48, de acordo com números actualizados hoje pelas autoridades
moçambicanas.
as
mortes resultam sobretudo do desabamento de casas e outras infraestruturas e
afogamentos, de acordo com a informação divulgada pela televisão estatal,
citando fonte do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC).
A
cidade da Beira, uma das maiores do país, com meio milhão de habitantes, foi a
mais afectada pelo ciclone e no seu hospital central já foram tratados mais de
400 feridos desde a noite de quinta-feira, segundo fonte daquela unidade.
A
capital provincial está parcialmente destruída, continua sem electricidade da
rede pública e as comunicações são limitadas, acontecendo o mesmo noutras
partes da província, o que está a dificultar as operações de socorro.
O
levantamento do número de vítimas está por concluir, dado que há locais de
difícil acesso devido à subida do nível dos rios.
Um
deles, o rio Haluma, transbordou e cortou a estrada nacional 6, espinha dorsal
do centro de Moçambique e principal via de acesso à Beira, deixando-a isolada,
uma vez que o aeroporto da cidade está inoperacional, devido aos estragos,
desde quinta-feira.
A
tempestade de quinta e sexta-feira foi a segunda grande intempérie da época
ciclónica que ameaça o país no princípio de cada ano, sendo que pelo menos 15
pessoas já tinham morrido entre 06 e 13 de março.
As
Nações Unidas estimam que haja agora 600.000 pessoas afectadas no centro e
norte de Moçambique, seja por terem ficado sem casa, alimentos e outros bens,
ou por perderem o acesso a campos para cultivar e a serviços básicos.
Mais
de um terço da população afectadas são crianças, calcula o Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF).
Os
maiores problemas para a assistência humanitária de diversas entidades que está
no terreno incluem a dificuldade no restabelecimento das comunicações e o
acesso às áreas afectadas.
Fonte: Notícias
ao Minuto
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